MPC-SE e MPSE discutem com sindicatos fortalecimento de atuação tributária nos municípios

​O procurador-geral do Ministério Público de Contas de Sergipe (MPC-SE), Eduardo Côrtes, e o promotor de Justiça Rômulo Lins Alves, diretor do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, da Ordem Tributária e do Terceiro Setor do Ministério Público Estadual (MPSE), realizaram nesta segunda-feira, dia 3, uma reunião com representantes do Sindicato dos Auditores e Fiscais de Tributos Municipais (Sinafim) e do Sindicato do Fisco do Estado de Sergipe (Sindifisco). O objetivo do encontro foi organizar uma possibilidade de criar um Termo de Cooperação para orientar, organizar e cobrar dos municípios sergipanos providências relacionadas às normas de funcionamento da arrecadação fiscal e tributária. 

O procurador-geral Eduardo Côrtes destacou a importância da iniciativa para garantir que os municípios observem as determinações constitucionais relacionadas à arrecadação tributária. Segundo ele, a criação do Termo vai representar um esforço conjunto para assegurar que as funções fiscais sejam exercidas exclusivamente por servidores efetivos e devidamente habilitados, conforme previsto na legislação. 

Segundo Lamarcks Pereira, representante do Sinafim, esta foi a terceira reunião sobre o tema. “Para os municípios se atentarem às prerrogativas da lei e que os efetivos realmente cumpram com as suas atividades e as suas atribuições, que não sejam feitas por quem não tem competência para fazer. Que sejam pessoas do quadro, que realmente façam esse serviço”, disse. 

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Ronaldo Antônio de Lima, representante do Sindifisco, explicou o motivo da cooperação das instituições. “O objetivo é tratar de mecanismos para fazer com que os municípios, e também o estado de Sergipe, criem normas para que o funcionamento do quadro de auditores fiscais funcione como previsto na Constituição, uma vez que tem alguns municípios que não estão observando essas regras”, ressaltou. 

Lima apontou que, enquanto no estado a situação está regularizada, alguns municípios ainda apresentam irregularidades. “Temos ainda situações em que não existe quadro próprio, não existem pessoas de quadro efetivo tratando dessa área de tributação como manda a Constituição”, acrescentou. 

Por fim, o sindicalista Lamarcks Pereira expôs que o próximo passo será a formalização do Termo de Cooperação: “Vamos dar andamento às atribuições, orientações e cobranças para que os municípios se atentem a esse papel importante que é desempenhado pelos fiscais do estado e municípios. O benefício para a população são as garantias e o retorno que os gestores levem à população, para que a arrecadação seja efetivamente revertida para o cidadão”.


Foto e texto: Mayusane Matsunae